Estrela do Mar Coroa de Espinhos

Imagem retirada de "O Fascinante Mundo Animal", IMP Online

Classificação:

Filo: Equinodermas

Classe: Asteroidea

Ordem: Spinolusida

Família: Acanthasteridae

Gênero: Acanthaster

Espécie: Acanthaster planci

Esta espécie de estrela do mar é encontrada nos recifes de coral ao longo dos oceanos Índico e Pacífico. Ocorre em grande número na Austrália e ilhas da Indonésia.

Os espinhos localizados ao longo de seu corpo são venenosos. Utiliza-se deles para proteger-se de ataques de predadores. É um animal muito voraz. Alimenta-se basicamente de corais, mas também come  algas, crustáceos e animais marinhos mortos. Para se alimentar, faz seu estômago sair através da boca e coloca-o em volta da vítima. Sucos digestivos se encarregam de digerir a presa, que em seguida é absorvida e mandada aos intestinos. É conhecida por destruir muitos recifes de coral.

A reprodução ocorre nos meses de verão. Machos e fêmeas eliminam na água suas células reprodutivas. São formados mais de 60 milhões de ovos a cada estação de reprodução. Os ovos se tornam larvas que vivem à deriva no oceano. Cerca de seis meses após o nascimento a estrela do mar completa seu desenvolvimento, tornando-se um indivíduo semelhante aos adultos, porém menor. A estrela do mar coroa de espinhos torna-se adulta aos dois anos de idade. Sua longevidade é de até 7 anos.

Curiosidades:

• Ao contrário de boa parte das espécies de estrela do mar, a coroa de espinhos tem mais de 5 "braços". Se um "braço" é quebrado, este se regenera. Porém, diferentemente das outras espécies, o braço perdido não se torna outra estrela do mar.

Cuco Corredor

Podemos dizer que esta postagem está relacionada com a de ontem.

Imagem retirada de "O Fascinante Mundo Animal", IMP Online

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Aves

Ordem: Cuculiformes

Família: Cuculidade

Gênero: Geococcyx

Espécie: Geococcyx californianus

Este veloz corredor do mundo as aves é encontrado nos Estados Unidos e México. Seu habitat são os desertos e semidesertos, pradarias, campos cultivados ou com pouca vegetação. Também pode ser encontrado em áreas urbanas, em parques e jardins.

O cuco corredor não voa muito bem. Só faz isso em momentos de extrema necessidade. Sua melhor habilidade é de correr. Usa sua velocidade para fugir de seus inimigos e capturar sua comida. Suas presas incluem insetos, cobras, lagartos e roedores. De vez em quando, come sementes e frutas. Não despreza carniça. Tem hábitos diurnos.

O acasalamento ocorre na primavera. O macho corteja a fêmea oferecendo um petisco. Se ela aceitar, acasalam e forma uma relação para praticamente a vida inteira. O ninho é construído um pouco acima do nível do solo. Para construí-lo os pais se utilizam de penas, folhas e ervas. Os ovos são postos em dias diferentes, para que choquem em períodos diferentes. São postos pelo menos 4 ovos por ninhada. O período de incubação é de 18 a 20 dias. Assim, os filhotes mais velhos acabam recebendo mais comida. Os filhotes mais novos, ou passam fome ou são devorados pelos seus irmãos mais velhos. 3 semanas após o nascimento, os filhotes já conseguem perseguir suas próprias presas. A longevidade do cuco corredor é de 7 a 8 anos.

O cuco corredor ainda não está ameaçado de extinção, mas urbanização e a destruição de seu habitat podem comprometer a espécie num futuro próximo. Algumas vezes,  é atropelado quando tenta atravessar as estradas.

Curiosidades:

• O cuco corredor serviu de inspiração para a criação do personagem Papa-Léguas (Roadrunner, no Original). No famoso desenho animado, o cuco corredor é perseguido pelo coiote. Porém, na vida real, encontros entre os dois animais são muito pouco frequentes.

Coiote

Imagem retirada de "O Fascinante Mundo Animal", IMP Online

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Mamíferos

Ordem: Carnivora

Família: Canidae

Gênero: Canis

Espécie: Canis latrans

O coiote pode ser encontrado na América do Norte e Central, mais precisamente nos Estados Unidos, Panamá, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Costa Rica. Seu habitat são os desertos, planícies, pradarias, florestas tropicais e temperadas.

Vive em grupos chefiados por um casal de animais. Os membros do grupo se comunicam através de ganidos e uivos. É um predador oportunista e noturno. 90% de sua dieta se constitui de carne. Suas principais presas incluem mamíferos, aves, peixes, cobras e insetos. Em grupo, caça animais grandes como cervos e bovinos. Alimenta-se também de carniça. Quando as presas são escassas em seu território, alimenta-se de frutas e vegetação.

O casal dominante é o único que se reproduz no grupo. A reprodução ocorre de janeiro a março. A fêmea dominante cava uma toca ou aproveita uma abandonada por outro animal. A gestação é de 58 a 65 dias. A mãe pode dar à luz de 2 a 12 filhotes por vez, mas em média nascem 6 por gestação. Com três semanas, os filhotes saem da toca. Após seis semanas são desmamados. Tornam-se adultos com um ano de idade. A expectativa de vida é de 18 anos.

O coiote foi uma das espécies que soube se aproveitar da expansão humana. Assim, sua população se mantém estável.

Curiosidades:

• Os colonizadores norte-americanos consideravam o uivo do coiote sinal de má sorte. Na verdade, o coiote uiva para se comunicar com os membros do seu grupo e para determinar a localização e extensão de seu território.

Sapo Pé de Pá

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Anfíbios

Ordem: Anura

Família: Scaphiopodidae

Gênero: Scaphiopus 

Espécie: Scaphiopus couchii

Este anuro é encontrado desde o sudoeste dos Estados Unidos até o México. Seu habitat são os desertos, pradarias e campos.

É uma espécie adaptada para sobreviver em ambientes quentes e áridos. Vive no interior de buracos cavados com suas fortes patas, que podem ser comparadas a pás. É um animal noturno e bastante ativo durante dias chuvosos. Alimenta-se basicamente de insetos. Hiberna durante o inverno, utilizando-se de reservas de gordura.

A reprodução ocorre durante a época mais quente do ano. De abril a setembro. Os machos coaxam para atrair as fêmeas. Estas põem ovos na água que são fertilizados pelos machos. 36 horas após serem fertilizados, os ovos se tornam girinos. Após cerca de 40 dias, as larvas se tornam adultas e aptas para reproduzir. A longevidade é de cerca de 6 anos.

O sapo pé de pá não está ameaçado de extinção. Não devemos esquecer que é uma espécie importante no controle biológico de insetos.

Morcego Beija-flor

Créditos da foto ao botânico Luciano Zandoná.

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Mamíferos

Ordem: Chiroptera

Família: Phyllostomidae

Gênero: Glossophaga 

Espécie: Glossophaga soricina

Esta espécie de morcego é encontrada no Brasil, do México às Guianas, na Argentina, Peru, Venezuela e ilhas da América Central. Seu habitat são as matas de galeria, florestas úmidas, florestas secas e plantações de bananas.

É um animal bem territorial. Alimenta-se basicamente de néctar de flores, que colhe utilizando-se de sua longa língua, lembrando em muitos aspectos um beija-flor. Além disso, tem um dos metabolismos mais acelerados entre as espécies de morcegos. Come também insetos e frutas. Causa muitos prejuízos às plantações de bananas.

Apesar de causar prejuízos à produção de frutas é um importante agente polinizador e dispersor de sementes.

Felizmente, o morcego beija-flor não está ameaçado de extinção.

Plethodon jordani

O nome em inglês dessa salamandra é "red-cheeked salamander". Significa "salamandra de bochechas vermelhas", em tradução livre.  

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Anfíbios

Ordem: Caudata

Família: Plethodontidae

Gênero: Plethodon

Espécie: Plethodon jordani

Esta espécie de salamandra é encontrada nos Estados Unidos. Seu habitat são as florestas em montanhas a mais de 600 metros de altitude. 

Gosta de locais úmidos. Tem hábitos noturnos. Durante o dia, fica escondida embaixo de troncos caídos ou pedras. É onívora. Come pequenos artrópodes, vermes e moluscos. Alimenta-se também de pedaços de madeira, cascas de árvore e flores.

A reprodução ocorre no final da primavera ou no início do verão. O macho segue a fêmea e tenta impressioná-la com diversos movimentos corporais. Tecnicamente, pode-se dizer que o macho executa uma "dança do acasalamento". Após conquistada a fêmea, o macho a fecunda.  São postos de 3 a 10 ovos por vez, com período de incubação de 2 a 3 meses. Os filhotes tornam-se independentes com um ano de idade, tornando-se adultos por volta dos 3 anos de idade. A longevidade é de cerca de 9 anos.

A salamandra "Plethodon jordani" está ameaçada de extinção devido ao desmatamento para prática da agricultura.

Pica-pau Bico de Marfim

A postagem de hoje faz referência a um clássico da minha infância. Não sei se as crianças de hoje ainda assistem, mas serve como postagem de "Dia das Crianças". Clique aqui para ver a postagem de "Dia das Crianças" que escrevi em 2011.

Imagem retirada de "O Mundo dos Animais", Editora Nova Cultural

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Aves

Ordem: Piciformes

Família: Picidae

Gênero: Campephilus 

Espécie: Campephilus principalis

O pica-pau bico de marfim foi considerado extinto em 1994, mas foi redescoberto em 2004, nos Estados Unidos. Habitava originalmente os Estados Unidos e Cuba. Seu habitat são as florestas tropicais e temperadas.

Vive em pequenos grupos. É uma ave diurna. Usa seu bico para perfurar os troncos das árvores atrás de insetos. Para capturá-los, utiliza sua longa língua. Come também frutas, sementes e nozes.

Pouco se conhece a respeito de seus hábitos reprodutivos. Sabe-se que forma casais fixos. Acredita-se que a reprodução ocorra entre janeiro e abril, que o ninho seja construído em uma cavidade num tronco e que sejam postos de 1 a 6 ovos. Estima-se que a longevidade seja de cerca de 20 anos.

A principal causa do declínio do pica-pau bico de marfim foi a caça ilegal. Está criticamente ameaçado de extinção.

Curiosidades:

• O nome científico do pica-pau bico de marfim é citado em uma cena do desenho animado estadunidense  Woody Woodpecker ( O Show do Pica-pau, em português).
• A cabeça e o pescoço do pica-pau são equipados com fortes músculos feitos especialmente para resistir às bicadas que a ave dá nos troncos de árvores.

Assista abaixo o episódio que cita o nome científico do pica-pau.

Tartaruga Pintada

Caso queira conhecer um parente próximo, clique aqui.

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Répteis

Ordem: Testudines

Família: Emydidae

Gênero: Chrysemys

Espécie: Chrysemys picta

Esta espécie de tartaruga é encontrada nos Estados Unidos, Canadá e México. Seu habitat são rios, lagos e pântanos.

Vive em grandes grupos. É um animal diurno. Passa boa parte do dia estendida ao Sol em cima de tronco e pedras. Alimenta-se de peixes, insetos, crustáceos, folhas e algas. Algumas vezes, come carniça. No inverno, hiberna num buraco cavado na lama.

A reprodução ocorre do final da primavera até o início do verão. A fêmea põe seus ovos num buraco na areia. São postos de 4 a 15 ovos por vez. A temperatura ambiente determina o sexo dos filhotes.  Temperaturas baixas produzirão machos e temperaturas altas, fêmeas. Assim que saem dos ovos, os filhotes são independentes. Tornam-se adultos com cerca de 6 anos de idade. A longevidade é de 35 a 40 anos.

A tartaruga pintada não está ameaçada de extinção. 

Candiru

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Osteichthyes

Ordem: Siluriformes 

Família: Trichomycteridae

Gênero: Vandellia

Espécie: Vandellia cirrhisa

Também conhecido como canero ou peixe-vampiro, este pequeno peixe é encontrado nos rios da Bacia Amazônica. Seu habitat são os rios de curso lento, com águas turvas e bancos de areia.

Mede cerca de 7 centímetros. É um parasita. Normalmente, entra pelas brânquias de peixes maiores para sugar o sangue de seus hospedeiros. Acredita-se que seja atraído pelos compostos nitrogenados como ureia e amônia. Ataques a  humanos são raros. No caso do ser humano, normalmente o candiru penetra pela uretra.

Pouco se sabe sobre seus hábitos reprodutivos e desenvolvimento. O que se sabe, provém de exemplares estudados em cativeiro. Reporta-se que uma fêmea é cortejada por vários machos. São postos 4 a 15 ovos por vez. 

Orconectes rusticus

O nome em inglês dessa espécie de crustáceo é rusty crayfish. Em tradução livre, seria algo como "lagosta enferrujada".

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Artrópodes

Classe: Malacostraca

Ordem: Decapoda

Família: Cambaridae

Gênero: Orconectes

Espécie: Orconectes rusticus

Esta espécie de lagosta é nativa dos Estados Unidos e do Canadá. Seu habitat são os lagos, pântanos e córregos dessas regiões.

É um animal de hábitos diurnos, sendo bem agressivo e voraz devido ao seu metabolismo acelerado. Alimenta-se de plantas aquáticas, caracóis, sanguessugas, mariscos, outros crustáceos aquáticos e ovos de peixes. Luta ferozmente com outros indivíduos que invadam seu território.

O acasalamento ocorre no final do verão, começo do outono ou começo da primavera. Quando se acasala, o macho fertiliza a fêmea, porém a postura dos ovos ocorre apenas quando a temperatura está alta. São posto de 80 a 575 ovos por vez. A incubação dos ovos varia de 3 a 6 semanas, dependendo da temperatura do ambiente. A longevidade é de 3 a 4 anos.

A lagosta Orconectes rusticus não está ameaçada de extinção.

Dourado

Como prometido, a centésima postagem de 2015. Essa postagem é resultado de uma enquete que eu fiz há algumas semanas. Para saber qual foi a centésima postagem de 2014, clique aqui

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Osteichthyes

Ordem: Characiformes

Família: Bryconidae

Gênero: Salminus

Espécie: Salminus brasiliensis

Também conhecido como pirajuba, este peixe é encontrado na América do Sul, mais precisamente no Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai. Seu habitat são os rios com águas "rápidas", muitas vezes com corredeiras.

Normalmente, nada em cardumes. É um peixe carnívoro. Geralmente, alimenta-se de outros peixes e crustáceos. Algumas vezes, ataca pequenas aves.

Reproduz-se durante o período conhecido como piracema, subindo os rios para desovar.

É um peixe muito procurado pela pesca comercial e esportiva, sendo considerada uma espécie vulnerável.