Moreia Mediterrânea

Imagem retirada de "O Mundo dos Animais", Editora Nova Cultural

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Osteichthyes

Ordem: Anguilliformes

Família: Muraenidae

Gênero: Muraena 

Espécie: Muraena helena

Também conhecida como moreia europeia. Este peixe serpentiforme é encontrado desde as Ilhas Britânicas até o Senegal. Seu habitat são os recifes de coral.

É um peixe noturno e territorial. Passa boa parte do dia no interior de buracos em rochas. Muito voraz, alimenta-se de peixes, camarões, caranguejos, polvos e lulas. Possui dentes curvos e afiados. Procura morder sua vítima para inocular seu veneno. Não despreza carniça.

A moreia mediterrânea desova uma vez ao ano. Põe cerca de sessenta mil ovos por vez.

Não há dados suficientes quanto ao seu estado de conservação em natureza.

Esquilo Japonês

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Mamíferos

Ordem: Rodentia

Família: Sciuridae

Gênero: Sciurus 

Espécie: Sciurus lis

O esquilo japonês é endêmico do Japão. É encontrado principalmente nas ilhas de Honshu, Kyushu e Shikoku. Seu habitat são as florestas. É encontrado também em áreas suburbanas.

É um animal diurno. Normalmente é solitário. Indivíduos maiores, mais velhos e mais pesados costumam ser mais dominantes. É basicamente herbívoro. Alimenta-se basicamente de frutas, sementes, brotos e folhas. Consome também insetos e cogumelos.

A reprodução ocorre de fevereiro a março e de maio a junho. Nesta época, uma fêmea é rodeada por vários machos. Os indivíduos maiores e mais fortes costumam ser mais bem sucedidos na reprodução.  A fêmea constrói um ninho de folhas no interior de uma cavidade em um tronco ou em um buraco. A gestação dura cerca de 40 dias. A mãe dá à luz de dois a seis filhotes por vez. Ela cuida dos filhotes sozinha. Acredita-se que a longevidade é de cerca de 12 anos.

O esquilo japonês ainda não está ameaçado de extinção. Porém, algumas populações da ilha de Kyushu foram extintas devido à destruição de seu habitat.

Estrela do Mar Almofadada

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Equinodermas

Classe: Asteroidea

Ordem: Valvatida

Família: Oreasteridae

Gênero: Oreaster

Espécie: Oreaster reticulatus

Esta espécie de estrela do mar é encontrada desde o sudeste dos Estados Unidos até as ilhas do Caribe. Foi introduzida nas ilhas do Cabo Verde. Seu habitat são os mares tropicais e subtropicais. Também é encontrada em recifes e mangues.

Locomove-se utilizando pequenas estruturas chamadas "pés ambulacrais". Alimenta-se principalmente de invertebrados marinhos. Estes incluem pequenos crustáceos, vermes marinhos, outros equinodermas e larvas.

A reprodução ocorre normalmente no verão, machos e fêmeas lançam suas células reprodutivas na água. A união dessas células dá origem a larvas planctônicas. O crescimento, desenvolvimento e longevidade dependem da oferta de alimento. Quando o alimento é escasso, a estrela do mar almofadada reabsorve seus tecidos corporais e sofre uma redução no tamanho.

Em algumas localidades, é muito usada no artesanato para confecção de lembranças. Não há dados suficientes quanto a seu estado de conservação em natureza.

Lagartixa Leopardo

Foto tirada no Zoológico de São Paulo

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Répteis

Ordem: Squamata

Família: Gekkonidae

Gênero: Eublepharis

Espécie: Eublepharis macularius

Esta espécie de lagartixa é encontrada na Ásia, mais precisamente no Afeganistão, Iraque, Irã, Índia e Paquistão. Seu habitat são as áreas áridas e semiáridas destes países.

É um animal noturno. Durante o dia, esconde-se sob rochas ou buracos. É um excelente escalador. Sobe facilmente em rochas e troncos, para tomar sol e aquecer o corpo. Alimenta-se de escorpiões, aranhas, centopeias e besouros.

Reproduz-se até seis vezes por ano. A fêmea prefere locais úmidos para pôr os ovos, apenas dois por ninhada. Normalmente, põe seus ovos em um buraco. O período de incubação é de 45 a 53 dias. A temperatura determina o sexo dos filhotes. Tornam-se adultos com cerca de 400 dias de idade. A expectativa de vida é de cerca de 5 anos.

Não há dados suficientes quanto ao seu estado de conservação em natureza. Em algumas localidades, a lagartixa leopardo é criada como animal de estimação.

Mocó

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Mamíferos

Ordem: Rodentia

Família: Caviidae

Gênero: Kerodon

Espécie: Kerodon rupestris

Este pequeno roedor é endêmico do Brasil, mais precisamente da região semiárida conhecida como caatinga. Seu habitat são as regiões rochosas.

Vive em grupos. Sua estrutura social é baseada numa hierarquia definida pelo "domínio do mais forte". São frequentes as disputas por território e por posição social. Comunica-se com os outros de sua espécie por meio de uma grande variedade de vocalizações diferentes. Os indivíduos do mesmo grupo costumam limpar os pelos de seus companheiros. Este comportamento é mais frequente entre indivíduos do mesmo sexo. É um animal herbívoro. Alimenta-se de folhas, flores, cascas de árvores e brotos.

A reprodução ocorre três vezes ao ano. Um macho possui um harém de fêmeas. A gestação é de cerca de 76 dias e são gerados de 1 a 3 filhotes por vez. Tornam-se adultos por volta dos 130 dias de idade. A longevidade é de cerca de 5 anos, em meio selvagem.

O mocó não está ameaçado de extinção. É usado como alimento por algumas populações locais.

Socó-boi

Com a postagem de hoje, apresento o resultado da enquete para decidir a centésima ave deste blog. Foram 8 votos no total. Em quarto lugar, com 0 votos, ficou a coruja lapônica. Em terceiro, ficou o bufo real com um voto (ou 12%). Em segundo lugar, ficou a coruja orelhuda com dois votos (ou 25%). O vencedor da enquete foi a coruja do Ártico, com 5 votos (ou 62%). Então, a coruja do Ártico será a centésima ave do blog. Obrigado aos que votaram e a todos aqueles que visitam meu blog.

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Aves

Ordem: Pelecaniformes

Família: Ardeidae

Gênero: Tigrisoma 

Espécie: Tigrisoma lineatum

Esta bela ave é encontrada da América Central à Bolívia. Também é encontrada na Argentina e em todo o Brasil. Seu habitat são as áreas úmidas e alagadas, como brejos e pântanos.

Vive escondido na vegetação ribeirinha. Espreita suas presas e no momento certo, ataca dando uma bicada certeira. Caça próximo às águas rasas. Alimenta-se de crustáceos, répteis, anfíbios, peixes e insetos.

A reprodução ocorre no começo ou no final da estação seca, quando o alimento para as aves aquáticas é mais abundante. Constrói seu ninho com gravetos, no alto das árvores. Põe 2 a 3 ovos, com período de incubação de 31 a 34 dias. Os pais costumam coletar alimento em locais distantes do ninho. Aos dois anos de idade, os filhotes tornam-se adultos.

O socó-boi não está ameaçado de extinção.

Curiosidades:

• Seu nome científico significa "ave com listras como o corpo do tigre". Emite um som semelhante ao mugido de um boi ou rugido de uma onça.

Rã Arborícola Cinza de Cope

Para ver um parente próximo, clique aqui

Imagem retirada da Internt

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Anfíbios

Ordem: Anura

Família: Hylidae

Gênero: Hyla

Espécie: Hyla chrysoscelis

Esta rã deve seu nome ao naturalista Edward Drinker Cope, que a descobriu em 1880. É encontrada na América do Norte, nos Estados Unidos e Canadá. Seu habitat são ambientes de água doce, permanentes ou não, em pântanos, lagos e zonas suburbanas.

Apesar do nome, sua cor é derivada do ambiente em que vive. Normalmente é cinza, mas pode ser marrom ou verde. Suas larvas são herbívoras, mas os adultos se alimentam de pequenos invertebrados. Hiberna no inverno.

A reprodução ocorre do final de abril até o início de maio. Durante essa época, os machos tornam muito territoriais e agressivos. Os machos vocalizam para atrair as fêmeas. Estas são atraídas por aqueles que tiverem os chamados mais prolongados e frequentes. As fêmeas põem ovos uma vez por ano. São posto de mil a dois mil ovos por vez. Estes aderem a plantas aquáticas ou outros substratos existentes dentro da água. Os girinos saem dos ovos em três ou sete dias, dependendo da temperatura. A metamorfose dura cerca de 6 semanas. Aos dois anos de idade, tornam-se adultos. A longevidade é de cerca de 7 anos.

A rã arborícola cinza de Cope não está ameaçada de extinção.

Lobo da Etiópia

Imagem atualizada.

Imagem retirada de "O Fascinante Mundo Animal", IMP Online

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Mamíferos

Ordem: Carnivora

Família: Canidae

Gênero: Canis

Espécie: Canis simensis

Como o nome sugere, este carnívoro é endêmico da Etiópia. Seu habitat são as montanhas desse país.

É um animal diurno. Vive em bandos chefiados por um casal dominante. A alcateia é constituída de até 13 animais. Juntos, defendem seu território de invasores. Normalmente, cada membro caça sozinho. Alimentam-se principalmente de pequenos roedores, aves e ovos. Para capturar presas grandes, como antílopes selvagens, caçam em grupo. Geralmente enterram as sobras de seus alimentos.

A reprodução ocorre uma vez por ano, de outubro a janeiro. Apenas o casal dominante se reproduz. A gestação dura de 60 a 62 dias. A mãe dá à luz de 2 a 6 filhotes por vez. Todos os membros do grupo ajudam na criação dos filhotes. Até a décima semana de vida, os filhotes dependem do leite da mãe. Após este período começam a se alimentar de alimento sólido. Com dois anos de idade, tornam-se adultos. Nesse momento, os machos saem da alcateia e formam grupos de machos solteiros. As fêmeas vageiam em diferentes territórios até que encontrem algum macho apto para se tornar seu companheiro.

O lobo da Etiópia é considerado o animal mais raro da África e está criticamente ameaçado de extinção. As principais causas são doenças transmitidas por cães domésticos. Hibridação com cães domésticos também é um grande problema. A espécie é protegida por Lei pelo governo da Etiópia.

Heteractis magnifica

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cnidaria

Classe: Anthozoa

Ordem: Actiniaria

Família: Stichodactylidae

Gênero: Heteractis

Espécie: Heteractis magnifica

Esta espécie de anêmona é encontrada nas regiões tropicais do Oceano Índico. Ocorre desde o Mar Vermelho até Samoa, no sudeste da Ásia e nordeste da Austrália. Seu habitat são os recifes de coral.

Encontrada solitária ou em colônias, alimenta-se de pequenos peixes e crustáceos, ouriços do mar e plâncton. Captura suas presas com auxílio de seus tentáculos que possuem células urticantes. Estes tentáculos enviam a presa para a cavidade oral, onde é digerida.

Reproduz-se sexuadamente e assexuadamente. A reprodução sexuada ocorre quando indivíduos machos e fêmeas expelem suas células reprodutivas na água. A união dessas células dá origem a uma larva chamada plânula, que em breve se fixará a algum substrato e crescerá para um dia se tornar um indivíduo adulto. A reprodução assexuada ocorre por divisão binária. Sua longevidade é de cerca de 80 anos.

A anêmona Heteractis magnifica é hospedeira de algumas espécies de peixe-palhaço, numa relação conhecida como simbiose. Algumas espécies de camarão limpam o exterior da cavidade oral da anêmona, mas ao contrário dos peixes-palhaço, eles não são resistentes às suas toxinas.

Salamandra de Costas Vermelhas

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Anfíbios

Ordem: Caudata

Família: Plethodontidae

Gênero: Plethodon

Espécie: Plethodon cinereus

Esta espécie de salamandra é encontrada no Canadá e nos Estados Unidos. Seu habitat são as florestas temperadas e pântanos.

É um animal terrestre. Vive preferencialmente em locais úmidos. Normalmente é encontrada embaixo de pedras, troncos caídos ou no interior de pequenos buracos. É bastante territorial. Frequentemente, usa substâncias químicas para a demarcação de seu território. Alimenta-se de aranhas, minhocas, caracóis, insetos e larvas.

É ovípara. Dos ovos nascem filhotes semelhantes aos adultos. Não há desenvolvimento larval nessa espécie. A longevidade é de cerca de 10 anos.

A salamandra de costas vermelhas ainda não está ameaçada de extinção, porém a poluição e a chuva ácida são fatores que podem causar sua extinção num futuro próximo.  É um animal muito sensível a ambientes ácidos.

Tubarão Duende

Imagem retirada da Internet

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Chondrichthyes

Ordem: Lamniformes

Família: Mitsukurinidae

Gênero: Mitsukurina

Espécie:  Mitsukurina owstoni

Esta espécie de tubarão deve o nome popular, ao fato de possuir um focinho comprido e achatado. Habita as costas do Japão, Nova Zelândia, África e Estados Unidos. É encontrado em profundidades de 40 a 1200 metros.

Alimenta-se de lulas, peixes e crustáceos. Tem uma visão deficiente. Caça suas presas utilizando-se de seu olfato e sensibilidade a ondas elétricas.

Pelo fato de ser raramente capturado e viver em águas profundas, é um animal pouco estudado. Por isso, não se sabe quase nada sobre seus hábitos reprodutivos, desenvolvimento e longevidade.

Acredita-se que o tubarão duende seja um dos mais antigos tubarões conhecidos. Foi pescado pela primeira vez no Japão.

Ganso do Canadá

Com a postagem de hoje, estarei colocando uma enquete para decidir a centésima ave do blog. Por favor, votem na sua coruja preferida.

Imagem retirada de "O Fascinante Mundo Animal", IMP Online

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Aves

Ordem: Anseriformes

Família: Anatidae

Gênero: Branta

Espécie: Branta canadensis

Esta ave é nativa não apenas do Canadá, mas também dos Estados Unidos e México. Seu habitat são as áreas costeiras, rios, lagos, áreas abertas e planícies. Também pode ser encontrado em parques e áreas urbanas. Foi introduzido na Nova Zelândia e no noroeste da Europa.

Vive em grandes grupos. Normalmente, é uma ave diurna. Passa a maior parte do tempo no solo procurando seu alimento. É herbívoro.  Come gramíneas, raízes, tubérculos, caules, folhas, frutinhas e sementes. Enquanto um bando se alimenta, alguns membros ficam de guarda, alertas contra o aparecimento de predadores.

No outono, migram em grandes grupos para o México para fugir do frio do inverno. Antes da migração, acumulam bastante gordura para aguentar a viagem.

A reprodução ocorre em abril e maio. Forma casais fixos para a vida inteira. Os laços do casal são tão fortes que se uma das aves ficar ferida, a outra fica cuidando do parceiro, mesmo que morra de frio. A fêmea constrói um ninho com juncos, gramíneas e folhas. Forra o ninho com penas que arranca do próprio corpo. São postos de 1 a 12 ovos, em média 4 a 7, por vez. O período de incubação é de 24 a 30 dias. Enquanto a fêmea choca os ovos, o macho fica de vigia e protege o ninho de intrusos. Assim que nascem, os filhotes já sabem se alimentar sozinhos. A longevidade é de 23 anos.

Apesar de muito caçado, o ganso do Canadá não está ameaçado de extinção. Foi uma ave que soube se beneficiar da atividade humana, alimentando-se das colheitas.

Curiosidades:

No filme "Voando para Casa" (Fly Away Home, no original).  a protagonista ajuda um bando de gansos canadenses a migrar para uma reserva florestal situada a alguns dias de viagem.

Papa-ovo Africana

Imagem retirada de "O Mundo dos Animais", Editora Nova Cultural

Classificação:

Filo: Cordados

Classe: Répteis

Ordem: Squamata

Família: Colubridae

Gênero: Dasypeltis

Espécie: Dasypeltis scabra

Esta cobra não-venenosa deve seu nome popular ao fato de se alimentar exclusivamente de ovos. É encontrada na África, desde o sul do Saara até a África do Sul. Seu habitat são os desertos, florestas e áreas arbustivas.

É um réptil noturno. Possui um ótimo olfato que lhe permite facilmente encontrar seu alimento. Normalmente, procura alimento no chão. Algumas vezes, sobe em árvores à procura de ovos. Engole ovos sem quebrá-los. Quando está engolindo, a boca e o pescoço dilatam-se. À medida que o ovo se desloca pela garganta da cobra, a casca é cortada pelas extremidades inferiores das vértebras. Assim que o conteúdo do ovo cai no estômago, a casca é expelida. Como a postura dos ovos de aves normalmente ocorre uma ou duas vez por ano, a papa-ovo come o quanto pode, para sobreviver a longos meses de jejum.

A reprodução ocorre no verão. São postos de 6 a 25 ovos por vez. Não há informações disponíveis sobre longevidade e status de população na natureza.